quinta-feira, 24 de julho de 2014


É senhores militares, o silencio e a omissão dos candidatos militares ao cargo de deputado estadual traduz tudo: Uma luta em causa própria, onde impera os interesses pessoais e individuais, deixando de lado os anseios coletivos e os interesses da tropa.

Dos 14 candidatos desafiados somente três ariscaram opinar e entre eles um declarou que não desistiria em hipótese nenhuma. Isso demonstra a preocupação desses candidatos com a comunidade militar.

Todos tem o livre exercício e direito de se candidatarem, a própria Constituição garante esses privilégios a todos. Todavia, quando se diz que é um representante de uma determinada categoria ou que vai representar grupos  a história muda. Pois o que se deverá levar em consideração é a vontade das pessoas que querem ser representadas, não os seus próprios interesses.

Os candidatos militares andam apregoando que são os representantes dos militares PM/BM, será mesmo? O que podemos observar diante desse silencio e omissão é que andam bem longe de ser um autentico e verdadeiro representantes dos militares. Se forem e querem representar os militares por que não toparam o desafio em abdicar de suas candidaturas em prol de um único nome? A resposta é simples, são projetos pessoas que nada tem a vê com a tropa e usam como pano de fundo a luta classista. Isso é lamentável e muito triste.

Assistimos isso em 2012, aqui em São Luís, quando os interesses pessoais destruíram o movimento dos militares e ninguém se elegeu pela ambição dessas lideranças que somente pensaram em si próprios e não no projeto coletivo.

Temos que separar o trigo do joio, militares candidatos não é a mesma coisa de militares representantes de fato da comunidade militar. Temos mais de uma dezena de candidatos, contudo os que representam de fato os miliares é outra história.

Companheiro, amigos e irmão de farda ao longo de três anos e meio temos sido o porta voz dos militares, procuramos com todos os esforços buscarmos e lutarmos pelas causas militares. Sofremos todos os reverses da hierarquia militar, como outros companheiros. Brigamos como leão para que pudéssemos chegar ao consenso e entendimento de um único candidato. Para isso articulamos e organizamos uma reunião sozinho com os pré-candidatos, para que chegassem a um entendimento de escolher 1 ou 2 candidatos para que os militares pudessem fazer sua escolha, no entanto já estava escrito nas estrelas os rumos e o que seria preponderante, o interesse individual.

Nós acompanhamos todos esses anos o comportamento dessas pessoas que sempre se apresentaram como líderes dos militares, mais o que de fato representam são os seus próprios projetos pessoais.

Na primeira greve a grande maioria esmagadora enfrentaram a hierarquia e o sistema por uma dignidade, acreditando que as lutas seriam em prol exclusivo da causa militar. Mais o que se notou um ano após foi o contrário. Fizemos uma greve e fomos induzido por lideranças que já nutriam em seus corações e desejos os dividendos políticos. 

Confesso a todos que minha ficha custou cair, mesmo por que entrei na greve acreditando em um sonho, o da luta classista. Mais o sonho esfacelou-se quando pude vê a ganancia e ambição por uma luta encarniçada por espaço, poder e liderança, no qual resultou o esfacelamento de toda a construção do movimento dos militares no Estado. 

Isso nos custou um  preço muito alto, pois vimos nos sonhos evacuando pelo ralo, pois as ambições das lideranças corromperam nossa luta. Alguns foram para greve com suas delineações já produzidas e sabendo o que realmente queriam, ludibriar a tropa em detrimento de suas de algo pessoal.

Após a derrota nas urnas em 2012, novamente fomos induzidos a um movimento eleitoral que sedimentou de uma vez por toda o movimento dos militares, a fatídica reunião que culminou com prisões e desmoralizações dos militares, a chamada Milícia 36

Quem não lembra foi um movimento após o primeiro turno, no qual militares se propuseram a apoiar o então candidato a prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior. Numa dessas reuniões, que se chamou de “Comitê Militar” , reuniu-se diversos militares PM/BM. A intenção seria  dar apoio ao candidato de oposição. Pela infelicidade do destino um miserável e traidor gravou toda a reunião e vendeu para o outro concorrente, João Castelo. Isso terminou em prisões dos militares e acabou de vez com a intenção dos projetos políticos dos militares. De quebra ainda fomos acusado de forma covarde e leviana de ter gravado o vídeo. Mais demos uma resposta a altura a quem nos acusou. 

Nesse mesmo dia da reunião, estávamos saindo de serviço na Praça Deodoro(S.Luís), quando o telefone tocou. Um militar nos convidou a participar desse evento, como não tínhamos outras roupas fomos fardados. Todavia ficamos um pouco escondido por que sabíamos que o evento era político e não pegava bem, mesmo por que nessa época já estamos na mira do ex-comandante da PMMA. Observamos e ouvimos tudo, para nossa surpresa quando tudo veio a tona, claro que foi uma armação de João Castelo, mesmo por que foi apenas uma reunião politica e alguns se empolgaram e falaram asneiras. Mais graça a Deus não demorou muito e descobriram quem havia gravado o vídeo. A justiça de Deus tarda mais não falha. Agora o que me deixou decepcionado  foi a covardia da acusação. Mais isso são águas passadas, mesmo por que, nós não conhecemos ninguém nesse meio politico da ilha e nem somos conhecido, não temos entrosamento com a classe politica de São Luís e muito pior, contato com João Castelo. Quem fez isso sabia o que queria. Mais essa turbulência passou.

Novamente ano que antecede as eleições começam também as movimentações. Em 2011, antecedia as eleições de 2012. 2013, antecedeu as eleições 2014, e o que tem haver tudo isso? Muita coisa, pois foram nesses anos antecedentes que aconteceram as duas greves, será que isso foi casual ou premeditado? Talvez em 2015 aconteça a terceira greve, principalmente se nessa ninguém chegar. 

Essas movimentações em 2013, demonstraram o caráter políticos de alguns, a tropa que acreditou por mais uma vez, viu-se novamente decepcionada pelas incongruências das reivindicações. As duas greves que a PM/BM realizaram nos frigir dos ovos não resultaram em muita coisa. O que foi cumprindo até o momento foram os reajuste em 3 anos de 24% e somente isso.

Pois bem, todo esse retrospecto que expomos, olha que isso é só a ponta do iceberg,  é para os militares se situarem o que de fato aconteceu e está acontecendo nos bastidores. Não sou onipresente, contudo estive basicamente desde 2011 em todos os eventos dos militares do Maranhão, conheço mais do que ninguém os bastidores dessa luta. Estive em todos os grupos que se digladiaram e tenho propriedade de falar tudo que vi e ouvi ao longo desses anos. 

Aqui não vamos desmoralizar ninguém, esse não é o nosso objetivo e nem citar nomes por que isso não faz parte de nossa essência. Vou respeitar o desejo individual de cada candidato, mais faça-me o favor em dizer que sua luta não é classista, pois nunca foi. Digo e tenho autoridade para expor as mazelas do movimento.

Após a última greve em 2014, tive que por algum tempo ficar em silencio vendo alguns companheiros me criticarem, desceram o porrete, me acusarem de vendido e governista  pelo fato de minha participação na greve de 2014 ter sido apenas como blogueiro. Mais de forma imparcial fiz meu trabalho, mesmo sendo acusado de todas as forma por grupos no qual nos reportamos. Mais seguramos a onda e temos certeza que o tempo dirá quem realmente se vendeu.

Temos plena consciência que nossa atuação sempre foi em defesa da tropa, mesmo que algumas vezes não agradem determinado grupo, mais nosso compromisso é e sempre foi com a causa, tenho provado isso ao longo desses anos.

Para finalizarmos, diante de tudo isso que escrevemos continuaremos com nossa luta independe dos resultados das eleições. Meu compromisso é com a comunidade militar que tanto tem sofrido. Quantos aos candidatos militares a tropa é quem a  julgará. 

Tenho certeza de uma coisa, que vamos defender nossas posições. Aqui não estamos querendo dizer que somos o único e somente único que luta em prol da categoria, não é isso. Apenas vamos defender como um autentico  e verdadeiro representante classista. Peço a confiança e a oportunidade para lhes representar, tenho luta, propostas, ideal e sobre tudo o compromisso com a família militar. 

Os nobres companheiros candidatos militares infelizmente não pensaram na tropa. Mais respeito a todos e quem tenham sucesso, mais nós vamos sempre lutar em defesa dessa grande família que são os militares estaduais do Maranhão. Quero ser seu representante e porta voz na Assembleia Legislativa. Que Deus possa nos iluminar nessa trajetória e que venhamos obter êxito e mudar a histórias dessas Corporações.

Atenciosamente 

Sargento Ebnilson do Blog ou Nº 77193

6 comentários:

  1. Amigo unam-se os 3, procurem uma entidade imparcial. planejem, montam e façam um plebiscito estadual e divulguem, divulguem...Isso já era pra ter sido feito, até o tre poderia ter disponibilizado urnas, a pesquisa poderia ter sido feita por bloco de regioes do estado. E mais, colocado dois candidatos um PM e outro BM, tanto faz pra federal ou estadual, e como companheiro desses dois, outro PM para ficar como assessor parlamentar do candidato BM, e outro BM para ficar como assessor parlamentar do candidato PM. Isso registrado em cartorio, planejado.
    Quando se fizesse esse plebiscito os outros iam ficar com medo e ate iam querer participar . A propaganda, a alma do negocio, no final, divulgar,

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  2. Ebnilson, sugiro uma pesquisa de intenção de votos entre os candidatos militares e que o resultado seja publicado no seu blog, dessa forma, mesmo que os outros candidatos não desistam saberemos quem são os mais cotados e votaremos apenas nos dois com mais chances e quem sabe podemos conseguir até o apoio dos demais aos escolhidos

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    1. Seria bom, porém as associações deveriam tomar a frente para fazerem essa pesquisa.

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  3. Pq tu tirou do blog a matéria com o parecer da PGE?
    Estranho, tem algo de errado nisso aí.

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    1. Companheiro retiramos, por que uma purga atrás da orelha nos alertou de uma situação, que não vou dizer aqui. Infelizmente ainda estamos amarrados para determinadas coisas.

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  4. através da política, não conseguiremos mudar nada. porque a politica e um sistema corupto. se auguem te disser: vote em mim que te ajudarem! perca a fé nele.

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